20 junho 2011

Para quem não assistiu..


O programa Fantástico, da Rede Globo, exibiu na edição deste domingo, 19 de junho,  imagens captadas por câmeras especiais que acompanharam ciclistas que circulam todos os dias pelas ruas de São Paulo dando excelentes dicas para motoristas e ciclistas.

Acompanhe abaixo a matéria completa:




Seis horas da manhã no extremo leste da cidade. Pedalar na rua é muito complicado. Uma regiões com o maior número de ciclistas de São Paulo é na divisa de São Paulo com Guarulhos. E pela dificuldade das vias, muitos dos ciclistas trafegam pela contramão. 
“Como a passagem é muito estreita, não cabe. Uma grande maioria deles vai pela pista, na contramão dos carros. Agora, qual é a alternativa que ele tem? Era vir por uma passagem em que evidentemente a bicicleta não cabe”, aponta Reginaldo Paiva, coordenador da Comissão de Bicicletas da ANTP (Associação Nacional de Transporte Público). 
Uma pesquisa recente mostra: de cada 100 brasileiros, sete usam a bicicleta como meio de transporte. Só na cidade de São Paulo, são 156 mil viagens de bike por dia. 
No ano passado, 49 ciclistas morreram na capital paulista. Nesta semana, a vítima foi o empresário Antonio Bertolucci, atropelado por um ônibus. Ele tinha 68 anos e andava de bicicleta havia pelo menos 40. 
Antônio tinha uma coleção de bicicletas. “A gente se preocupava muito quando ele saía de bicicleta, porque a gente sabe que o ciclista não é respeitado em São Paulo e ele já tinha sofrido um acidente dez anos atrás. Pedíamos que ele não andasse nas vias públicas e procurasse andar em parques. A paixão dele era a bicicleta e ver o cotidiano da cidade”, conta Tito Bertolucci, filho de Antônio. 
Também nesta semana, um comerciante de 60 anos morreu em Fortaleza. Foi atingido por um carro ao voltar para casa. O motorista fugiu sem prestar socorro. 
No Rio, um ciclista foi atropelado por um táxi roubado na Zona Sul e morreu na hora.
Para saber como se comportam ciclistas e motoristas, o Fantástico acompanhou, bem de perto, dois paulistanos que trocaram o carro pela bicicleta. 
O professor de inglês Ricardo Cruza a cidade várias vezes por dia para trabalhar. Há sete anos, ele cansou de ficar parado no trânsito. 
“Um belo dia eu resolvi perder o medo e começar a pedalar, usar a bicicleta como meio de transporte mesmo”, conta Ricardo Blanc de Moraes, professor de inglês. 
O mecânico Elson mora na Zona Leste. Vai todos os dias pedalando até a oficina. 
“Eu tenho carro, tenho tudo, mas não gosto de dirigir”, afirma o mecânico Elson Pereira de Novaes. 
O trajeto de Elson tem sete quilômetros e vai até Santo André, cidade vizinha a São Paulo. 
Tentou se manter sempre à direita. Mas nos corredores de ônibus, precisou se espremer. Meia hora depois de sair de casa, estava na oficina. 
Já Ricardo saiu da Zona Sul e percorreu 12 quilômetros até a Zona Oeste. A vantagem é que parte do seu trajeto é numa ciclovia. Quarenta minutos depois, chegou ao seu destino. E se fosse de carro? “Ah, do horário que eu saí? Uma hora e meia”, diz Ricardo. 
Nas ruas de São Paulo, um grupo chamado Bike Anjos ensina ciclista iniciante a ter segurança no asfalto. 
Quando o ciclista estiver pedalando, a bicicleta é considerada um veículo e deve seguir o Código Brasileiro de Trânsito. 
Isso quer dizer: não pode andar na contramão e a sinaliza;ao deve ser respeitada. O ciclista deve ficar à direita e sinalizar com as mãos sempre que for mudar de pista.
O capacete não é obrigatório. Mas, as bicicletas devem ter campainha, sinalização noturna e espelho retrovisor do lado esquerdo. 
E esta é para os motoristas: os carros têm que manter 1,5m de distância das bicicletas.
“O que vale na via não é a lei do mais forte”, afirma William Cruz, voluntário do grupo Bike Anjos.

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